sábado, 12 de maio de 2012

Comentário: JHERYCK FLORES


A privacidade é um direito individual que contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito.
A experiência da exposição do corpo do paciente e a postura inadequada dos profissionais da equipe de enfermagem, na maioria das vezes constituem- se em condições geradoras de timidez, ansiedades, constrangimento e estresse do paciente, condições que repercute em saúde e bem estar. A privacidade é um direito individual que contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito. A privacidade constitui-se em obrigação ético-legal que deve ser respeitada nas comunicações orais ou escrita, não apenas nas interações mantidas entre o paciente e a equipe de enfermagem, mas com os demais trabalhadores que participam do cuidado, assim como os familiares, assim é dever de todo profissional da equipe de enfermagem defender o paciente em todas as circunstancias durante a realização dos cuidados, garantindo sua privacidade e o resguardo de sua autonomia, conforme prevê o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) e a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS (CDUSUS).
É através do corpo que o ser humano se relaciona com o mundo, ele é o elo com o universo e outros corpos, como um ser livre, constituindo-se núcleo de ação moral. A liberdade permite-lhe estabelecer relações com os outros, com a natureza e a sociedade, devendo-se considerar a integridade, a individualidade e a força interior como essenciais para a concretização das inter-relações com outros sujeitos e com a natureza, mediante reconhecimento e exercício da autonomia (RICARDO, 2010). Entretanto, em decorrência de fatores relacionados ao ambiente físico, à cultura institucional, o paciente, por sua vez, é desrespeitado em sua privacidade e dignidade, tais fatores associados à condição de fragilidade, em razão da doença vivenciada na internação, podem interferir no processo de autonomia e tomada de decisão do paciente, necessitando que o enfermeiro e demais membros da equipe de enfermagem estejam atentos para auxiliá-los a exercer sua autonomia. 


Referências:

SEHNEM, Graciela Dutra. PERCEPÇÕES CULTURAIS DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM ACERCA DA SEXUALIDADE:: O DITO E O VELADO . Disponível em: <http://www.ufsm.br/ppgenf/Disset_2009/Dissert_GRACELA_SEHNEM.pdf>. Acesso em: 06 maio 2012.


 ROCHA, Dyane; CARVALHO, Rachel de. Humanização da assistência:: o que pensam os estudantes de enfermagem?. Disponível em: <http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/600-EinsteinOnLineTraduzidaVol5(4)MioloP%C3%A1g315320.pdf>. Acesso em: 05 maio 2012.

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