A privacidade é um direito individual que
contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos,
respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos
relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão
ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito.
A experiência da exposição do corpo do paciente e
a postura inadequada dos profissionais da equipe de enfermagem, na maioria das
vezes constituem- se em condições geradoras de timidez, ansiedades,
constrangimento e estresse do paciente, condições que repercute em saúde e bem
estar. A privacidade é um direito individual que contempla situações
relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade,
limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos
familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a
responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito. A privacidade
constitui-se em obrigação ético-legal que deve ser respeitada nas comunicações
orais ou escrita, não apenas nas interações mantidas entre o paciente e a
equipe de enfermagem, mas com os demais trabalhadores que participam do
cuidado, assim como os familiares, assim é dever de todo profissional da equipe
de enfermagem defender o paciente em todas as circunstancias durante a
realização dos cuidados, garantindo sua privacidade e o resguardo de sua autonomia,
conforme prevê o Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem (CEPE) e a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS (CDUSUS).
É através do corpo que o ser humano se relaciona
com o mundo, ele é o elo com o universo e outros corpos, como um ser livre,
constituindo-se núcleo de ação moral. A liberdade permite-lhe estabelecer relações
com os outros, com a natureza e a sociedade, devendo-se considerar a
integridade, a individualidade e a força interior como essenciais para a
concretização das inter-relações com outros sujeitos e com a natureza, mediante
reconhecimento e exercício da autonomia (RICARDO,
2010). Entretanto, em decorrência de fatores
relacionados ao ambiente físico, à cultura institucional, o paciente, por sua
vez, é desrespeitado em sua privacidade e dignidade, tais fatores associados à
condição de fragilidade, em razão da doença vivenciada na internação, podem
interferir no processo de autonomia e tomada de decisão do paciente,
necessitando que o enfermeiro e demais membros da equipe de enfermagem estejam
atentos para auxiliá-los a exercer sua autonomia.
Referências:
SEHNEM, Graciela Dutra. PERCEPÇÕES
CULTURAIS DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM ACERCA DA SEXUALIDADE:: O DITO E O VELADO . Disponível em:
<http://www.ufsm.br/ppgenf/Disset_2009/Dissert_GRACELA_SEHNEM.pdf>.
Acesso em: 06 maio 2012.
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