domingo, 13 de maio de 2012

Comentário: LAIS MASCARENHAS


Segundo o dicionário Aurélio cuidar é ter cautela, atenção, zelo. Contudo, o ato vai mais além, é onde o enfermeiro tem a preocupação e a responsabilidade com a integridade do paciente, ademais, é onde há o envolvimento afetivo com o homo sapiens que será cuidado, com suas angustias, sofrimentos, dores, alegrias, ou seja, uma participação ativa na vida do cliente. De acordo com Sá (2001, p. 69), o toque vai além de um mero contato físico, ele é uma porta aberta à troca energética entre dois seres humanos. O ato de tocar alguém é confortador e faz parte ativa do cuidado.

Apesar dos erros de enfermagem encontrados no dia-a-dia, é imprescindível que o enfermeiro tenha um contato com o outro de forma humanizada, preocupando-se sempre em pedir permissão/avisar ao paciente de qualquer procedimento que será realizado, haja vista tratar-se de um ato invasivo no corpo do outro, respeitando sua religião, vontade e o estado emocional em que o paciente se encontra. Devendo sempre valorizar a expressão corporal e facial, onde é perceptível se o paciente está sentindo dor ou se está à vontade, permitindo uma relação de confiabilidade entre o profissional e o paciente.

Benner e Wrubel (1989) defendem que o cuidar é fundamental como factor de crescimento humano. Por um lado, para a pessoa que se sente frágil, os gestos de reconhecimento do seu valor humano, o respeito, a delicadeza, a ajuda, o interesse comunicam-lhe energia para continuar a viver e a ultrapassar os obstáculos da vida; por outro lado a pessoa que cuida tem acesso e interpreta os significados e preocupações do outro sem ter tido a sua experiência, sendo necessário que quem cuida se envolva e esteja em sintonia com quem é cuidado, assumindo, a comunicação, um papel importante na interacção.



COUTINHO, EMILIA. A EXPERIÊNCIA DE SER CUIDADA NA SALA DE PARTOS. Disponível em:< http://www.ipv.pt/millenium/Millenium30/3.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2012.



LIMA, JORGE. O TOQUE E O CUIDADO DE ENFERMAGEM. Disponível em: < http://www.professores.uff.br/jorge/toque.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2012.

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